Em Salvador-BA foi realizado três eventos: I Seminário Pibid da Região Nordeste, V
Seminário Baiano Pibid-IAT, V Simpósio Baiano das Licenciaturas (SBL).
As atividades aconteceram no período de 01 a 04 de dezembro de 2015, com
sede na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A
organização dos eventos foi feita pelo FORPIBID - Fórum do Pibid do
Nordeste e da Bahia, bem como pelo FORPROF-BA - Fórum que reuniu
entidades ligadas à formação inicial e continuada de professores,
coordenado pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia e Instituto
Anísio Teixeira (IAT/SEC). Doravante, utilizaram a nomenclatura “SBL
2015” para identificar essa atividade acadêmica articulada e
desenvolvida em regime de colaboração entre IES públicas e governo
estadual.
O
SBL 2015 teve como finalidade maior defender a importância da
valorização do profissional da educação e da formação de professores
como um processo contínuo, progressivo e democrático, visando a efetiva
melhoria da qualidade da educação. Considerando o contexto de cortes
financeiros que afetam o ensino superior no Brasil, o evento se inseriu
nesse cenário como um ato político, sustentado pela reflexão e produção
acadêmica realizada por sujeitos implicados nessa realidade. Fonte: http://www.vsbl.ufba.br/
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(Foto Arquivo Pessoal) |
Eixo Temático 4: Tecnologias
Educacionais e Ead
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO PIBID/PEDAGOGIA: AMPLIANDO OS ESPAÇOSTEMPOS DE FORMAÇÃO
Este
relato de experiência tem como objetivo compartilhar as atividades
desenvolvidas no Pibid do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe
(UFS) Campus Prof. Alberto Carvalho onde o subprojeto intitulado “Leitura,
diversidade e ludicidade na formação docente: desafios para a educação” é
desenvolvido. Este subprojeto possui quatro eixos de atuação sendo um deles o
eixo Formação de Professores cujas atividades são realizadas na Escola
Municipal 30 de Agosto e no Colégio Estadual Prof. Nestor Carvalho Lima. Este
eixo tem como integrantes além da coordenadora de área, três professoras
supervisoras e vinte bolsistas de iniciação à docência (pibideiras como são
carinhosamente denominadas). As atividades aqui relatadas foram desenvolvidas
com as escolas durante os meses de maio a agosto de 2015, em diferentes espaços
e tempos num movimento contínuo de reflexão-ação-reflexão onde emergiram
desafios, descobertas e ressignificações de saberes e práticas. Desta forma, as
vivências proporcionadas pelos Pibid às bolsistas de iniciação à docência se constituíram
numa verdadeira articulação entre teoria e prática; entre conhecimento
acadêmico e conhecimento pedagógico; entre saber e fazer.
REFERENCIAL
TEÓRICO
A
formação dos professores, seja ela inicial ou continuada, constitui-se atualmente
num grande desafio para as instituições formadoras, pois a sociedade
contemporânea tem apresentado novos desafios para os docentes que a cada dia
precisam construir novos saberes para interagir com alunos de uma geração
permeada por tecnologias digitais presentes dentro e fora do espaço escolar.
Nesse sentido, os cursos de Pedagogia e demais cursos de licenciaturas necessitam
repensar a formação inicial dos graduandos, uma vez que
a
formação significa a construção de conhecimentos relacionados a diferentes
contextos sociais, culturais, educacionais e profissionais. Formar não é algo
pronto, que se completa ou finaliza. Formação é um processo permanente. É
interdisciplinar, por articular conhecimentos científicos, éticos, pedagógicos,
experienciais. Pensar a formação como um processo pessoal, e como uma interação
de caráter coletivo pressupõe a organização de currículo integrado permitindo a
efetiva integração entre ensino e prática profissional docente. (VEIGA, 2014,
p. 330).
Percebemos desta forma, que o Pibid tem se constituído como “espaços
tempos” (FELÍCIO, 2014, p. 417) de experenciar novas formas de ver e compreender
a sala de aula como um espaço onde se constrói e troca conhecimentos e saberes
indispensáveis para o processo de formação. A construção destes saberes, que
podem ser individuais, coletivos e sociais (Tardif, 2004), ocorrem
continuamente, pois cada novo saber é incorporado aos saberes já existentes.
O saber docente está relacionado ao trabalho desenvolvido pelo professor. Segundo Tardif (2004, p. 17),
o saber
está a serviço do trabalho. Isso significa que as relações dos professores com
os saberes nunca são relações estritamente cognitivas: são relações mediadas
pelo trabalho que lhes fornece princípios para enfrentar e solucionar situações
cotidianas.
A ação reflexiva do trabalho do professor repousa num
contexto de socialização, de compartilhamento de saberes que partem de um
pensamento individual para traduzir-se num saber coletivo, em que estão
impressos sua identidade e experiências vivenciadas. Os saberes construídos a
partir das atividades desenvolvidas no Pibid/Pedagogia foram compartilhados em
blogs e webquests produzidos coletivamente pelos integrantes do Eixo Formação
de Professores.
METODOLOGIA
As atividades
desenvolvidas no Pibid foram realizadas nas escolas sob a forma de oficinas
elaboradas a partir da construção de Webquets criadas com temas geradores
visando atender as necessidades dos alunos ou solucionar alguns problemas de
aprendizagem existentes na sala de aula. A webquest é uma metodologia que
utiliza a internet e outras tecnologias no desenvolvimento das atividades. Esta
metodologia foi criada em 1995, pelo professor Bernie Dodge nos Estados Unidos. Na elaboração da webquest o
professor propõe questões para serem solucionadas pelos alunos. A partir das
questões propostas são delineadas algumas tarefas, que poderão envolver
consultas a fontes de informação como livros, revistas, vídeos, sites e mesmo
pessoas a serem entrevistadas.
Na Escola
30 de Agosto tivemos duas Webquests uma no 1º ano como o tema - O corpo humano
em movimento[2] e
outra no 5º ano sobre – Gêneros
Textuais: Lenda e Diário [3]. No Colégio Estadual Prof. Nestor Carvalho Lima a
Webquest no 6º ano teve como tema A
pré-história: Período Paleolítico[4]. Para socializar suas experiências e refletir
coletivamente as pibideidas criaram diários
online coletivos contendo reflexões sobre as vivências no Pibid[5]. Estes diários virtuais tem se constituído em
mais um ambiente importante na formação, pois nele são exercidas a autoria e a
co-autoria além de interatividade com todos aqueles que visitam os blogs.
RESULTADOS
Todas
as atividades desenvolvidas nas oficinas do Pibid tiveram como foco trabalhar
as leitura e a escrita sob diferentes perspectivas e linguagens. As tarefas
propostas nas Webquests priorizaram o desenvolvimento destas competências por
serem estas as maiores dificuldades dos alunos do 1º ao 6º ano do ensino
fundamental. O principal resultado pode ser observado nos blogs criados pelos
alunos das escolas onde atualmente eles exercitam suas escritas individuais e
coletivas.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
As
atividades desenvolvidas no Eixo Formação de Professores do Pibid/Pedagogia
priorizaram a formação inicial e continuada de professores para atuar na
educação da sociedade contemporânea permeada pelas TIC, buscando utilizar estas
tecnologias como elementos estruturantes da prática pedagógica. Para tanto
diferentes interfaces foram utilizadas tanto na formação dos bolsistas como nas
atividades desenvolvidas nas oficinas nas escolas.
REFERÊNCIAS
FELÍCIO, H. M. dos S. O PIBID como “terceiro
espaço” de formação inicial de professores. Revista Diálogo Educacional.
Curitiba, v.14, n.42, p. 415-434, maio/ago. 2014.
TARDIFF, M. Saberes docente e formação profissional.
Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2002.
VEIGA, I. P. A. Formação de professores para Educação Superior e a diversidade da
docência. <file:///C:/Users/Windows/Downloads/dialogo-12749%20(2).pdf2014>. Acesso em: 25/05/2015.