O
debate Piaget - Vygotsky
A
busca de um critério para sua avaliação
(Jose
Antonio Castorina)
1-
Relação
desenvolvimento e aprendizagem:
Os teóricos Piaget e
Vygotsky acreditavam no desenvolvimento e na aprendizagem. Para Piaget cada
individuo tem seu ritmo e por isso o nível de desenvolvimento e aprendizagem
tem um limite para aprender o que esta sendo adquirido pelo individuo. Vygotsky
idealizava a aprendizagem como um impulso de forma positiva ao comportamento do
desenvolvimento intelectual do individuo. Apesar das divergências ambos tinham
pontos de vistas semelhantes.
2-
Papel
da interação social:
Tanto para Piaget como para Vygotsky,
o ambiente escolar exige-se interação social. Para Vygotsky a fonte de modelos
para que se possa construir a aproximação é o ambiente escolar, a aprendizagem
e o desenvolvimento são adquiridos pela motivação. Já Piaget acreditava na
interação das crianças com os colegas e adultos através de uma construção
anterior por causa da desequilibração.
3-
Significado
das praticas escolares:
As duas teorias se divergem,
Piaget considerava o conhecimento como uma construção individual e Vygotsky
acreditava que toda construção é mediada por fatores externos. Para Piaget os
fatores sociais influenciam a desequilibração individual, para ele a verdadeira
construção do conhecimento é copiada por um modelo imposto pelo professor e
pelo sistema educacional. Já Vygotsky a construção do conhecimento é mediada
pelo professor e pelo programa institucional onde devem modelar ou explicar o
conhecimento, a criança copia o que esta socialmente exposto e a disposição. A
criança constrói a partir do que os professores oferecem como transmissão de
saberes.
4-
Papel
da linguagem do desenvolvimento, relação entre linguagem e pensamento:
A divergência em relação ao
papel da linguagem no desenvolvimento intelectual é bastante significativa
entre os dois teóricos. Para Piaget a linguagem é uma manifestação simbólica
onde o individuo usa símbolos para poder representar, para ele a linguagem
facilita mais não é necessária ao desenvolvimento, pois segundo ele o avanço
intelectual se dá através da ação e não da linguagem. Já Vygotsky acredita que a
linguagem e a interação são fundamentais para o desenvolvimento que impulsiona
a ação do individuo, ele coloca a linguagem oral como um processo psicológico
adquirido na vida social e na internalização de atividades sociais através da
fala. Ele atribui à linguagem uma função comunicativa na formação do pensamento
e da consciência, na organização e planejamento da ação.
5-
Influencia
de fatores externos e internos do desenvolvimento e na construção do real:
Para Piaget o conhecimento é
construído individualmente enquanto Vygotsky trata o individuo como agente e o
meio externo, onde os indivíduos interagem socialmente construindo o
conhecimento. Para Piaget há uma lógica no erro, por isso a criança tem chance
de errar e construir, para haver desequilíbrio necessário para novas
aquisições. Vygotsky entende que a criança já nasce num mundo social e vai
interagindo com os adultos e outras crianças, para ele a construção do real é
do social para o individual ao longo do desenvolvimento intelectual.
Referências: CASTORINA, JOSÉ ANTÔNIO. "O debate Piaget-Vygotsky: a busca de um critério para sua avaliação". In: Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1988. p.7-50.
O
que é Tecnologia da Informação e Comunicação?
Tecnologia
da informação e comunicação (TIC) pode ser definida
como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com
um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na
indústria (no processo
de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de
publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação
imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação
a Distância). (Fonte: http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/)
A
era tecnológica é um fato que acontece na maioria dos países capitalista, mas
infelizmente nem todos tem acesso as TIC e por isso existe um paradoxo em
alguns países em relação à tão famosa TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO. Como por exemplo,
no Brasil se fala muito em informatizar as escolas públicas e dá oportunidade
de acesso aos alunos que não tem computador em casa e a realidade dessas
escolas e desses alunos são bem diferentes do que se imagina. Nas escolas
públicas existem vários projetos para investir em tecnologia nas escolas, mas
como investir nessas tecnologias se não existe estrutura adequada para esses
projetos? É necessário fazer um planejamento antes para ser evitados problemas,
tipo manter a manutenção dos computadores em dia, preparar profissionais de
educação para atuarem juntos aos seus alunos os recursos tecnológicos existente
na escola e etc. O custo desses projetos são muito alto e por isso fazer um
diagnóstico antes de executar seria o ideal para evitar inúmeros problemas que
eventualmente surgirão. Portanto, a maioria das escolas públicas não estão
preparadas para executar as TIC como suporte para o ensino-aprendizagem dos
seus alunados, e é preciso agir rápido por que existem países preparados e
dispostos a crescer tanto economicamente como territorialmente através das
tecnologias da informação e da comunicação.
A GESTÃO DEMOCRÁTICA ESCOLAR
A
Gestão Democrática Escolar está relacionada ao processo da construção da
cidadania com uma escola de qualidade, por isso é deverá ser feito um plano de
gestão para que as metas e os objetivos, pelo ao menos na sua maioria, sejam
alcançados. Mesmo com muita dificuldade a escola é uma instituição que
acompanha os movimentos, não tão rápido como outras instituições, pelo ao menos
tenta manter o básico dos básicos para manter a aberta para toda comunidade.
A maioria das escolas
públicas a Gestão Escolar é por indicação política e também a maioria não existe Plano de Gestão, com alegação de que não é uma ação cobrada. Mas para
gerir são feitas reuniões periódicas entre os membros, para serem definidas as
ações. Falta de funcionários capacitados são uma das queixas dos gestores e também
a falta de acompanhamentos dos pais com relação aos estudos dos filhos, os
professores insistem vivenciar um ensino tradicional e por isso a gestão
democrática fica impedida de ser realizadas por completo, sendo assim fica
muito difícil para um gestor alcançar seus objetivos e metas para o
ensino-aprendizagem produtivo.
A construção do conhecimento através da gestão é um
dos grandes desafios, porque os gestores vão assumir toda parte formal e
informal das finanças, pagar, comprar, receber, são rotinas que exigirão
práticas em raciocínio lógico e pragmático, é claro que as ideias serão bem
vindas desde que contribua para sua gestão. O gestor terá que ser perceptivo a
realidade, podendo escolher modelos e metodologias para construir sua gestão.
Também terá que intervir diante dos problemas pertencentes à gestão
democrática, usar metodologias de acordo com a realidade dos problemas, terá
que se apropriar de inúmeros instrumentos de gestão para poder resolvê-los. Terá
que reajustar o seu modelo de gestão conforme os acontecimentos e realidade que
aparecerão durante sua gestão. Executará os processos com cautela porque o
resultado do processo não pode ser o esperado por isso toda atenção e percepção
é fundamental nesse momento. Ser gestor é ser uma pessoa competente e com
habilidades profissionais, para que possa executar uma gestão mais próxima da
realidade da comunidade escolar, sem deixar de lado o principal de uma
instituição de ensino, que é a transmissão e construção do conhecimento dos
seus alunos.
Portanto,
quando se fala em escola, nos faz lembrar de um ambiente educativo, com
práticas educativas e de aprendizagem. Segundo Vygotsky, todos os sujeitos da
escola podem aprender com a organização e gestão da escola, para isso terá que
haver uma motivação cognitiva de todos envolvidos da escola. A organização
escolar tem que ter todo envolvimento de pessoas com os mesmo objetivos e
relações interpessoais, por isso uma escola bem organizada e gerida assegura o
sucesso de aprendizagem tanto dos professores como dos alunos.
Livro: Organização e Gestão
da Escola: Teoria e Prática autor: José Carlos Libâneo. Capitulo Apêndice 1:
Práticas de organização e de gestão da escola e efeitos na aprendizagem de
professores e alunos.
A Organização Do
Processo Educativo Na Lógica Do Capital
Para
a manutenção do sistema capitalista é necessário que a lógica do capital esteja
inerente à desigualdade social e a influência preponderante dele sobre o
trabalho tem como suporte os aparelhos ideológicos e um deles que foi pensado,
planejado e construído foi a Escola.
A
escola capitalista não é neutra, tem objetivo, tem intencionalidade e reproduz
na organização do processo educativo a organização social vigente. O projeto e a
concepção de educação estão relacionados com o projeto e concepção de mundo, de
ser humano e de sociedade.
Na
sociedade capitalista, a escola tem função de treinar os indivíduos para papéis
determinados, funções sociais conforme a classe que pertencem. A escola deve
responder as necessidades do mercado capitalista, sendo até considerada uma
mercadoria. Ela não é e não pode ser um campo neutro, porque é um ato político.
As
modificações de processos educativos nos faz acreditar que é para todos, mas na
verdade é uma armadilha sutil do sistema para manter-se sem transformação. A
função da escola é a reprodução, adaptação do sistema reprodutivo e não de
fragmentação afetando de frente a organização da escola. As contradições do
sistema capitalista:
a) Relação
professor-aluno: Imposição do professor sobre o aluno numa relação de poder. O
autoritarismo é natural e o aluno cabe a obedecer e submeter-se. Justifica-se
que tais atitudes são necessárias para aprender. Impedindo dos alunos de
pensar, de questionar e de descobrir outra forma de relação. A intenção do
sistema capitalista para manter-se é necessário que os trabalhadores obedeçam e
não pensem.
b) Avaliação:
É a legitimidade de poder do professor sobre o aluno e manter uma relação de
submissão. Além disso, excluem as classes populares da escola.
c) Conteúdos:
além das disciplinas de português, matemática entre outra, tem a construção de
atitudes e valores na lógica do sistema capitalista, quem se esforça mais
naturalmente serão vencedores.
A
escola capitalista não se preocupa com as relações humanas, ela precisa ensinar
as relações das coisas. Ela não pode contribuir com a formação dos sujeitos
construtores de suas vidas, isso é muito perigos para o sistema. Seu papel não
é provocar a mudança, a desigualdade social é uma necessidade para a manutenção
do sistema, incorporada e inquestionada pela escola nas práticas cotidianas.
A
criança quando chega à escola é considerada igual, não estão interessados nas
condições sociais que cada uma está inserida e ainda justifica essa atitude
dizendo que não é justo tratar de forma diferenciada das outras crianças.
Estabelecem os mesmos tempos, métodos, conteúdos e tratamento com um discurso
de “Educação para Todos”. E quem não atinge os objetivos é porque não se
esforçou e nem um momento isso é considerado injusto.
Assim
como trabalhador carrega em seus ombros o peso do fracasso por ser
desempregado, a criança carrega o peso do fracasso escolar por não ter se
esforçado mais, por ser "burra" ou por não ter capacidade de aprender. Essas desigualdades sociais e desigualdades escolares é o que
mantem a lógica do capitalismo.
LIVRO: Teoria e prática da educação do campo: análises
de experiências / organizadoras, Carmem Lúcia Bezerra Machado; Christiane
Senhorinha Soares Campos; Conceição Paludo. – Brasília: MDA, 2008. 236 p.: il.;
23 cm. -- (NEAD Experiências).
O
debate Piaget - Vygotsky
A
busca de um critério para sua avaliação
(Jose
Antonio Castorina)
1-
Relação
desenvolvimento e aprendizagem:
Os teóricos Piaget e
Vygotsky acreditavam no desenvolvimento e na aprendizagem. Para Piaget cada
individuo tem seu ritmo e por isso o nível de desenvolvimento e aprendizagem
tem um limite para aprender o que esta sendo adquirido pelo individuo. Vygotsky
idealizava a aprendizagem como um impulso de forma positiva ao comportamento do
desenvolvimento intelectual do individuo. Apesar das divergências ambos tinham
pontos de vistas semelhantes.
2-
Papel
da interação social:
Tanto para Piaget como para Vygotsky,
o ambiente escolar exige-se interação social. Para Vygotsky a fonte de modelos
para que se possa construir a aproximação é o ambiente escolar, a aprendizagem
e o desenvolvimento são adquiridos pela motivação. Já Piaget acreditava na
interação das crianças com os colegas e adultos através de uma construção
anterior por causa da desequilibração.
3-
Significado
das praticas escolares:
As duas teorias se divergem,
Piaget considerava o conhecimento como uma construção individual e Vygotsky
acreditava que toda construção é mediada por fatores externos. Para Piaget os
fatores sociais influenciam a desequilibração individual, para ele a verdadeira
construção do conhecimento é copiada por um modelo imposto pelo professor e
pelo sistema educacional. Já Vygotsky a construção do conhecimento é mediada
pelo professor e pelo programa institucional onde devem modelar ou explicar o
conhecimento, a criança copia o que esta socialmente exposto e a disposição. A
criança constrói a partir do que os professores oferecem como transmissão de
saberes.
4-
Papel
da linguagem do desenvolvimento, relação entre linguagem e pensamento:
A divergência em relação ao
papel da linguagem no desenvolvimento intelectual é bastante significativa
entre os dois teóricos. Para Piaget a linguagem é uma manifestação simbólica
onde o individuo usa símbolos para poder representar, para ele a linguagem
facilita mais não é necessária ao desenvolvimento, pois segundo ele o avanço
intelectual se dá através da ação e não da linguagem. Já Vygotsky acredita que a
linguagem e a interação são fundamentais para o desenvolvimento que impulsiona
a ação do individuo, ele coloca a linguagem oral como um processo psicológico
adquirido na vida social e na internalização de atividades sociais através da
fala. Ele atribui à linguagem uma função comunicativa na formação do pensamento
e da consciência, na organização e planejamento da ação.
5-
Influencia
de fatores externos e internos do desenvolvimento e na construção do real:
Para Piaget o conhecimento é
construído individualmente enquanto Vygotsky trata o individuo como agente e o
meio externo, onde os indivíduos interagem socialmente construindo o
conhecimento. Para Piaget há uma lógica no erro, por isso a criança tem chance
de errar e construir, para haver desequilíbrio necessário para novas
aquisições. Vygotsky entende que a criança já nasce num mundo social e vai
interagindo com os adultos e outras crianças, para ele a construção do real é
do social para o individual ao longo do desenvolvimento intelectual.
Referências: CASTORINA, JOSÉ ANTÔNIO. "O debate Piaget-Vygotsky: a busca de um critério para sua avaliação". In: Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1988. p.7-50.
Referências: CASTORINA, JOSÉ ANTÔNIO. "O debate Piaget-Vygotsky: a busca de um critério para sua avaliação". In: Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1988. p.7-50.
O que é Tecnologia da Informação e Comunicação?
Tecnologia
da informação e comunicação (TIC) pode ser definida
como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com
um objetivo comum. As TICs são utilizadas das mais diversas formas, na
indústria (no processo
de automação), no comércio (no gerenciamento, nas diversas formas de
publicidade), no setor de investimentos (informação simultânea, comunicação
imediata) e na educação (no processo de ensino aprendizagem, na Educação
a Distância). (Fonte: http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/)
A
era tecnológica é um fato que acontece na maioria dos países capitalista, mas
infelizmente nem todos tem acesso as TIC e por isso existe um paradoxo em
alguns países em relação à tão famosa TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO. Como por exemplo,
no Brasil se fala muito em informatizar as escolas públicas e dá oportunidade
de acesso aos alunos que não tem computador em casa e a realidade dessas
escolas e desses alunos são bem diferentes do que se imagina. Nas escolas
públicas existem vários projetos para investir em tecnologia nas escolas, mas
como investir nessas tecnologias se não existe estrutura adequada para esses
projetos? É necessário fazer um planejamento antes para ser evitados problemas,
tipo manter a manutenção dos computadores em dia, preparar profissionais de
educação para atuarem juntos aos seus alunos os recursos tecnológicos existente
na escola e etc. O custo desses projetos são muito alto e por isso fazer um
diagnóstico antes de executar seria o ideal para evitar inúmeros problemas que
eventualmente surgirão. Portanto, a maioria das escolas públicas não estão
preparadas para executar as TIC como suporte para o ensino-aprendizagem dos
seus alunados, e é preciso agir rápido por que existem países preparados e
dispostos a crescer tanto economicamente como territorialmente através das
tecnologias da informação e da comunicação.
A
Gestão Democrática Escolar está relacionada ao processo da construção da
cidadania com uma escola de qualidade, por isso é deverá ser feito um plano de
gestão para que as metas e os objetivos, pelo ao menos na sua maioria, sejam
alcançados. Mesmo com muita dificuldade a escola é uma instituição que
acompanha os movimentos, não tão rápido como outras instituições, pelo ao menos
tenta manter o básico dos básicos para manter a aberta para toda comunidade.
A maioria das escolas
públicas a Gestão Escolar é por indicação política e também a maioria não existe Plano de Gestão, com alegação de que não é uma ação cobrada. Mas para
gerir são feitas reuniões periódicas entre os membros, para serem definidas as
ações. Falta de funcionários capacitados são uma das queixas dos gestores e também
a falta de acompanhamentos dos pais com relação aos estudos dos filhos, os
professores insistem vivenciar um ensino tradicional e por isso a gestão
democrática fica impedida de ser realizadas por completo, sendo assim fica
muito difícil para um gestor alcançar seus objetivos e metas para o
ensino-aprendizagem produtivo.
A construção do conhecimento através da gestão é um
dos grandes desafios, porque os gestores vão assumir toda parte formal e
informal das finanças, pagar, comprar, receber, são rotinas que exigirão
práticas em raciocínio lógico e pragmático, é claro que as ideias serão bem
vindas desde que contribua para sua gestão. O gestor terá que ser perceptivo a
realidade, podendo escolher modelos e metodologias para construir sua gestão.
Também terá que intervir diante dos problemas pertencentes à gestão
democrática, usar metodologias de acordo com a realidade dos problemas, terá
que se apropriar de inúmeros instrumentos de gestão para poder resolvê-los. Terá
que reajustar o seu modelo de gestão conforme os acontecimentos e realidade que
aparecerão durante sua gestão. Executará os processos com cautela porque o
resultado do processo não pode ser o esperado por isso toda atenção e percepção
é fundamental nesse momento. Ser gestor é ser uma pessoa competente e com
habilidades profissionais, para que possa executar uma gestão mais próxima da
realidade da comunidade escolar, sem deixar de lado o principal de uma
instituição de ensino, que é a transmissão e construção do conhecimento dos
seus alunos.
Portanto,
quando se fala em escola, nos faz lembrar de um ambiente educativo, com
práticas educativas e de aprendizagem. Segundo Vygotsky, todos os sujeitos da
escola podem aprender com a organização e gestão da escola, para isso terá que
haver uma motivação cognitiva de todos envolvidos da escola. A organização
escolar tem que ter todo envolvimento de pessoas com os mesmo objetivos e
relações interpessoais, por isso uma escola bem organizada e gerida assegura o
sucesso de aprendizagem tanto dos professores como dos alunos.
Livro: Organização e Gestão
da Escola: Teoria e Prática autor: José Carlos Libâneo. Capitulo Apêndice 1:
Práticas de organização e de gestão da escola e efeitos na aprendizagem de
professores e alunos.
A Organização Do Processo Educativo Na Lógica Do Capital
IDENTIDADES SURDAS (GLADIS T. T. PERLIN)
A
autora mesmo sendo surda, teve que deixar de lado suas suposições para se
colocar no sujeito surdo que foi pesquisado. Como pesquisadora foi necessário
que o próprio sujeito falasse de si mesmo. Assumir a identidade surda é muito
complicado porque para alguns as consequências podem ser positivas ou negativas,
de acordo com a diversidade e implicações vividas por cada um deles.
As
identidades são plurais, múltiplas, contraditórias, se cruzam, se deslocam é
algo que está sempre em construção e em movimento. Identidade surda é
reprimida, subordinada pelos ouvintes numa relação de poder, por isso que
alguns surdos preferem se relacionar com outros surdos e juntos vão assumindo
sua identidade surda, eles geram poder para si e para outros que desejam
assumir a sua identidade sociocultural. Os surdos são estereotipados com uma
imagem negativa e marginalizada, reforçando a relação de poder discriminatória
dos ouvintes para com eles. Os ouvintes acreditam que os surdos são pessoas
frias e desprovidas de culturas, incapazes de realizar uma vida profissional
intelectual, como se os surdos só podem executar profissões que exigem força
braçal. Mais vale o que ele produz do que ele representa intelectualmente.
Surdez
não é deficiência, na verdade o que existem são diferenças e diversidades
surdas. Infelizmente a existência do biculturalismo e do bilinguismo tem
mascarados normas que mantem a cultura surda incomoda para os ouvintes. Os
surdos ficam impedidos de assumirem suas identidades, eles são obrigados
assumirem como se fosse duas entidades para que possam ser aceitos pela
sociedade. Ser surdo é pertencer a um mundo visual e não auditivo, por isso não
adianta usar os signos ouvintes ele só vai entender os signos visuais.
Ouvintismo
deriva daqueles ouvintes que se sentem superior ao surdo e por isso o surdo tem
obrigação de entender e saber os seus significados, é o mesmo do que se refere
ao estudo do surdo como deficiência clínica e que precisa ser norma para ser
aceito.
Existem
três formas de ouvintismo presentes em nosso meio: 1) Ouvintismo tradicional:
condicionam os surdos a serem oralizados, não dão alternativas a não ser
continuarem sendo surdos e subalternos aos ouvintes; 2) Ouvintismo natural:
defendem a igualdade natural de surdos e ouvintes, porém incentiva os surdos
serem bilinguistas e biculturistas reconhecendo em parte a cultura surda,
principalmente reprimindo a língua de sinais; 3) Ouvintismo crítico: tem
aproximação com a solidariedade, admite a diferença e a identidade surda,
batalha pelos direitos dos surdos, porém a superioridade continua inerente aos
ouvintes de língua majoritária.
As
identidades surdas criam um espaço cultural visual dentro de um espaço cultural
diverso. São grupos de surdos que se encontram para compartilhar a mesma
comunicação visual e consciência pelos seus direitos com cidadãos. As
identidades surdas híbridas são surdos que nasceram ouvintes e se tornaram
surdos, é complicado assumir identidades diferentes em diferentes momentos. As
identidades surdas de transição são surdos que nasceram de pais ouvintes e
passaram a fazer parte da comunidade surda, chamada de desouvintização deixando
sequelas que são representadas em sua identidade em reconstrução de diferentes
etapas de sua vida. As identidades surdas incompletas são aqueles surdos que
vivem sob uma ideologia ouvintista representada por aqueles que deseja
socializar os surdos com a cultura dominante. É o surdo que nega a identidade
surda ou vivem em cativeiros pelos seus familiares incapacitando-os de chegarem
ao saber. Por último as identidades surdas flutuantes são surdos que querem ser
ouvintizados e desprezam a cultura surda, é uma identidade sendo construída por
fragmentos de um surdo que não sabe a língua de sinais e também por não estar a
serviço da comunidade ouvinte.
As
identidades surdas e relações de poder criados pelos ouvintes para disciplinar
e colonizar os surdos podem ser vista na integração que distingue, reprime,
explora e forma uma grade de controle sobre uma cultura nativa. O mito de que a
norma para seres humanos consiste em falar e ouvir leva a olhar para o surdo e
dizer que ele é um selvagem.
O
movimento surdo é o lugar de resistência para a cidadania surda e responsável
direto pelo novo impasse na vida do surdo contra a coesão ouvinte. O objetivo
do movimento surdo é revelar as forças subjacentes nos estereótipos encontrados
nas diversas instituições sociais.
No
movimento estão presentes surdos e ouvintes solidários que se unem numa
oposição aos efeitos das forças tradicionais ouvintes. Muitos surdos discordam
de algumas medidas e novamente a causa de muitas lutas inacabadas e a
insegurança de que nem tudo é pelo surdo. É um desafio contra todas as formas
que tendem a limitar, ao invés e prosseguir aprimorando o projeto de
emancipação humana.
Portanto
os surdos e os ouvintes que simpatizam com a identidade surda precisam se
fortalecerem e defenderem sua capacidade de sujeito surdo e representar um
contato politico de sua identidade. Importa deixar os surdos construírem sua
identidade, assinalarem suas fronteiras em posição mais solidária que crítica.
A educação tem que caminhar no sentido da identidade do surdo, permitindo
também a presença do professor surdo e que novas hipóteses sejam levantadas,
novos achados sejam necessários, entre eles sobressai a urgência de dizer que o
surdo é sujeito surdo.
Referência:
PERLIN, Gladis. Identidades surdas. In: SKLIAR, Carlos (Org.). A surdez – um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 2005. p. 51-73.
Nenhum comentário:
Postar um comentário