Olá pessoal quero compartilhar com vocês como foi a minha experiência no Estágio Supervisionado III na Escola Trinta de Agosto no município de Itabaiana-SE.
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(Foto Arquivo Pessoal) |
Bem, antes de iniciar a minha regência, fiz as
seguintes observações, referente ao Estágio III, primeiro foi o meu 5º
Estágio como graduanda, o 1º e 2º foram na UNIT, quando cursava Licenciatura em
Informática, foram com alunos do Ensino Médio e muito gratificante e
mantenho contatos com eles até hoje, mais não foi nada comparado ao meu 3º, 4º
Estágio que foram na UFS (Estágio I, e II), principalmente no Estágio II da
Educação Infantil. Graças ao Projeto Brinquedoteca, eu tive as primeiras
experiências com a Educação Infantil, o projeto atendia crianças de 4 a 6 anos
da Escola Municipal Clara Meireles também em Itabaiana-SE, a minha relação com os alunos foi muito
receptiva, a experiência na Brinquedoteca foi fundamental para que eu pudesse
desenvolver as atividades pedagógicas com os alunos. A diferença foi que não
estava mais na posição de Brinquedista e sim na posição de estagiária/professora,
foi um pouco difícil separar as duas posições, então foi em busca de leituras
que tratasse do assunto, a exemplo do artigo: Estágio e Docência, da autora
Selma Garrido Pimenta (2012), que deixa bem claro a dicotomia de ser estagiária
sem experiências em salas de aulas e aquelas estagiárias que já tem muitos anos
de experiências como docente, no meu caso acredito que ficou no meio termo, como
já foi citado a experiência na Brinquedoteca me preparou em parte, no que seria
mais ou menos os alunos e as escolas que eu iria encontrar, diferentemente de
alguns colegas que não passaram pela Brinquedoteca e muito menos nunca
lecionaram em nenhuma instituição escolar. Cada estágio é uma experiência única
por isso observar antes de preparar o plano de aula é fundamental para que os
alunos possam construir o conhecimento através da metodologia aplicada. A turma acolhida foi do 3º Ano do
Ensino Fundamental, no turno da tarde. com idade de 7 anos a 15 anos, ao todo eram 36 alunos matriculados, apenas 30 alunos frequentam
regularmente, eram 13 meninas e 17 meninos. A maioria tinha muitas dificuldades na
aprendizagem em relação às atividades propostas, principalmente as atividades de leitura, teve um aluno de 13 anos que não sabia nem
assinar o nome, perguntei a ele se gostaria de fazer a leitura comigo, ele
falou que sim então fui soletrando com ele palavra por palavra, a professora regente
ficou surpresa porque ele sempre rejeitava fazer leitura com ela, foi
muito cansativo, pois como foi citado à maioria tem dificuldade de fazer as
atividades sozinhos. Ao dar continuidade da construção da Identidade Docente, elaborei os planos de aulas, segundo o artigo: Saberes
Pedagógicos e Atividade Docente, também da autora Selma Garrido Pimenta (2012),
é necessário fazer uma investigação antes para que possa realizar as aulas de
acordo a realidade dos alunos e da escola. Ter uma atitude investigativa é
fundamental para que possa ser dinâmico, prático e conectado com o mundo. A partir do momento que foram aplicadas as
atividades aos alunos, foi possível conhecer a realidade de cada um, poucos
estão adiantados, a maioria ainda tem muitas dificuldades, mesmo assim eles fizeram
as atividades. Segundo o artigo: Pedagogia e prática docente, da autora Maria
Amélia do Rosário Santoro Franco (2012), o professor tem que ser um pesquisador
para adquirir conhecimentos, juntando a teoria e as técnicas para construir sua
prática, na sua maioria essa prática é adquirida no estágio, por isso a
importância do discente em dedicar-se tanto aos Estágios Supervisionados. Neles
os futuros professores terão uma visão mais realistas e os professores que já
atuam nas escolas renovarão suas visões com inovações mais modernas.
Portanto, a estagiária e futura professora deve
refletir sobre a realidade da escola, conforme o artigo: Planejamento: Projeto
de Ensino-aprendizagem e Projeto Político Pedagógico, do autor Celso dos Santos
Vasconcellos (2006), o professor deve perceber as necessidades dos seus alunos
e buscar métodos para transformar a prática em construção do conhecimento
conforme a realidade de cada um. O estágio supervisionado III foi muito desafiador e um
dos mais marcantes da minha formação pedagógica, por ter sido desafiador foi
também muito satisfatório ao ver no final do estágio os alunos que não faziam
as anotações no caderno ou no livro, que não gostavam de fazer leitura ou não
queriam responder as atividades na lousa quando eram solicitados, no final do
estágio eles me surpreenderam e começaram fazer o que não faziam antes do
estágio. Não se pode desistir nas primeiras dificuldades deve-se
buscar ajuda nos livros, internet e até mesmo com a professora da turma para
que os alunos aprendam e apreendam os conteúdos.